Por Gabriela Mestre
Com supervisão de Lucas Lyra
Jair Bolsonaro (PSC) cancelou a palestra que faria em Washington (EUA) nessa sexta-feira (13) em menos de um dia de antecedência. A palestra seria na George Washington University e a desistência foi uma surpresa para o organizador, que havia defendido o deputado de críticas ao dizer que a palestra era um “direito ao debate democrático”. Dentre seus feitos em viagem aos Estados Unidos, Bolsonaro admitiu ser inexperiente e “bateu continência” à bandeira americana.
O convite da palestra a Bolsonaro resultou em um abaixo-assinado com 400 manifestantes de repúdio ao deputado, considerado autor de discurso de ódio. Depois da desistência, o organizador e diretor do departamento brasileiro na Universidade afirmou que “este candidato não teve coragem, nem estrutura para debater”, haja vista que o objetivo do encontro era justamente um confronto com seus críticos.
Na quinta-feira (12), Bolsonaro esteve presente no Conselho das Américas, em Nova York, onde reconheceu “inexperiência em algumas áreas” e pediu desculpas. O cancelamento da palestra seria a favor de que o candidato à próxima presidência do Brasil participe de mais eventos na cidade nova-iorquina.
Por sua vez, enquanto esteve na Flórida, quarta-feira (11), o político e militar saldou a bandeira americana durante um evento não oficial, o que é ilegal. Além disso, comparou sua conduta à de Trump, o qual considerou um aliado, e prometeu “carta branca para a polícia matar”.
Bolsonaro está em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto para a presidência no Brasil, com 17% dos votos, atrás apenas do ex-presidente Lula (PT), que ainda teme perder sua possibilidade de candidatura.
