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Moro defende julgamentos “sem paixões” e reformas para combate à corrupção

Por Gabriela Mestre

Com supervisão de Lucas Lyra

O juiz Sérgio Moro, que é responsável pela Operação Lava Jato da Polícia Federal, se manifestou sobre o combate a corrupção nessa terça-feira (24) por meio de um fórum em São Paulo, abordando questões como foro privilegiado e prisões preventivas. De acordo com ele, são discussões que não devem ser feitas apenas em prol da Lava Jato, e que para resolver problemas de corrupção é preciso fazer “reformas mais abrangentes”.

Sobre prisão preventiva e delação premiada, o juiz demonstrou ser a favor de tais medidas para interromper crimes. Afirmou que as prisões preventivas seriam, inicialmente, exceções, mas se tornaram necessárias e devem ser tratadas “sem paixões”. Também defendeu que combater a corrupção não depende de problemáticas morais. “Nós não estamos aqui falando de altura de minissaia”, disse ele. “Não queremos pautar condutas éticas das pessoas”.

Além disso, Sérgio Moro definiu o foro privilegiado dado a políticos como uma maneira de desvirtuar a função dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Durante o fórum, ele afirmou: “há desvirtuamento do STF, já que os ministros têm que se preocupar cotidianamente com casos concretos e não ficar com temas constitucionais que impactam toda a sociedade”.

Responsável pelas ações em primeira instância da Lava Jato, Moro citou casos como Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras que possui milhões de euros em contas no exterior, e se referiu ao ex-ministro Geddel Vieira Lima ao lembrar dos R$ 51 milhões encontrados com suas digitais. Também o coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, esteve presente no evento, e se manifestou definindo a permanência de corruptos no poder como forma de manter a sociedade presa.

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