A Câmara dos Deputados poderá votar ainda neste ano o projeto de lei que prevê autonomia do Banco Central, com mandato fixo para o presidente e diretores da instituição, não coincidente com o do presidente da República (PLP 32/03).
O texto foi apresentado nesta quarta-feira (7) pelo relator, deputado Celso Maldaner (MDB-SC), na reunião de líderes com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. O presidente do BC, Ilan Goldfajn, também participou do encontro.
Maldaner afirmou que o tema interessa ao governo Temer e ao próximo governo. Segundo ele, o Banco Central autônomo vai permiti que sejam utilizados instrumentos para colaborar com as metas da inflação e o controle das taxas de juros. O relator acredita na possibilidade de votar o texto ainda neste ano.
“Vamos fazer o trabalho político. Apresentamos os projetos para colher sugestões e ver se conseguimos os votos necessários”, explicou.
De acordo com o líder do governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), o tema avançou, mas nada ficou acertado, nem em relação ao mérito da proposta nem em relação à tramitação do texto na Casa. A expectativa é que, após os líderes apresentarem o relatório às respectivas bancadas, Goldfajn retorne à Câmara para avaliar a possibilidade de votação pelo Plenário.
“A maioria dos líderes se manifestou favorável para se avançar, outros colocaram sua posição contrária. A proposta dá um mandato e descasa do período eleitoral, o que gera instabilidade, já que as pessoas ficam pensando como será a condução da política econômica de quem for assumir. E, ao ter essa especulação, impacta na política de juros”, destacou o líder. Agencia Brasil