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OPINIÃO DO DIA: Campanha da Aprosoja contra o poder judiciário é tão burra, que até parece ‘fake news’!!!

 

Propaganda enganosa da Aprosoja sobre a distribuição dos repasses do Governo.

Repercutiu em Brasilia e no segmento do agronegócio nacional, a campanha veiculada pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja),  que beira a idiotice e sucinta o ridículo. Uma cópia mal feita de uma fake news, que se identifica num piscar de olhos.

Onde já se viu querer um estado forte e promissor, bancando uma mídia deliberadamente tendenciosa, no intuito de atacar um poder moderador e distribuidor de Justiça para cidadãos, inclusive, à maioria esmagadora dos sempre complicados empresários do agronegócio, que possuem pendências judiciais, contra e a favor, tramitando, reiteradamente, na justiça .

Outra pérola pra recordação dos senhores agricultores é a Lei Kandir – que isenta do tributo ICMS os produtos e serviços destinados à exportação –, artifício implantado para mais um benefício da classe que mais vantagens e facilidades os agraciou.

Mato Grosso à míngua, governador de pires nas mãos, se humilhando em Brasília, pedindo devolução de meio milhão de reais – e no segundo ano chegando a 1 bilhão em Renúncias Fiscais de exportação, que ajudariam a resolver boa parte dos problemas – e estes nobres senhores não movem uma palha para ajudar, ao contrário, se calam, se eximem e se escondem. E assim caminha a casta dos intocáveis donos da parte boa de Mato Grosso.

Aliás, a Aprosoja é uma entidade, rica e cheia de recursos, que não investe um centavo na mídia, como parte da transparência e obrigação de mostrar os avanços, a criação de programas sociais e participação em Parcerias Público-Privadas (PPP’s); mas não se furta a atacar, de forma injusta e traiçoeira, seus inventados inimigos.

Comparar o orçamento de uma Secretaria de governo com um Poder, foi demais. Os marqueteiros e conselheiros que aprovaram tal propaganda são, no mínimo, inocentes e sem nenhuma visão.

Os dirigentes da conceituada Aprosoja, cometeram uma gafe, chamem-na assim, de forma pública e deselegante com um anúncio comparativo de repasses entre o Poder Judiciário e uma Secretaria de Estado de Saúde.

Se for um caso de desconhecimento de causa, falta de pesquisa, má-fé ou somente para causar intrigas e desconfortos à associação, foi um tiro no pé; além de jogarem inverdades sem análises ou explicações para a platéia.

Agressividade e deselegância sem o menor fundamento matemático.

Talvez por seus associados, nos últimos tempos, estarem sendo condenados por suas condutas pouco republicanas na Justiça. Entenderam que macular um Poder poderia ser um troco que os livrariam dessas condenações que estão por vir.

Senhores, o Poder Judiciário, talvez seja, ainda, a última e única trincheira que baliza as injustiças que são cometidas neste país e neste Estado.

Os funcionários estão, sempre, a inteira disposição do povo e das instituições. Trabalhando, e muito!

A proteção aos cidadãos, direta e indiretamente, tem no Poder Judiciário, a única esperança e proteção.

Uma estrutura – que ainda carece de investimentos para sua modernização – que está sempre disponível para atuar na luta de alguns predadores contumazes contra minorias desprotegidas e vulneráveis.

Seu orçamento bruto apresentado difere, e muito, da Secretaria comparada, porque são maquiados.

Os números da Saúde são, enormemente, superiores, não foram ali listados as receitas conveniadas e os repasses obrigatórios. Pura maldade!

Os valores repassados ao Judiciário contemplam todas as despesas do Poder que não tem receitas. É o que mais serviços presta à comunidade, e que, de maneira latente, protege o Estado e seus contribuintes de toda sorte de medidas, inclusive as protagonizadas pela entidade.

A Aprosoja, poderosa de poderosos, está sempre questionando e sendo questionada na justiça.

Securitizações, benefícios, incentivos, renúncias fiscais, sonegação monstruosa, uma série de penduricalhos que não mais cabem no atual contexto econômico; têm sido judicializados com pedidos bem embasados de reembolsos e fins de privilégios.

Receosos da perda destes privilégios, tão contestados, resolvem em suas reuniões regadas a interesses pessoais, atacar poderes, colocar em descrédito instituições respeitadas e a causar mal-estar com a sociedade.

A cortina de fumaça que tentaram criar com a propaganda, só trouxe repulsa e descontentamento dos próprios contribuintes que souberam, recentemente, dos enormes e polpudos benefícios que a classe, que os representam, mantinha ao largo da realidade da crise que assola o país.

Querendo ou não, os representantes do seguimento Agricultura, foram os mais beneficiados no Mato Grosso, nos últimos anos.

Muito foi feito por eles sem que retornos a população fossem realizados.

São sempre os que mais exigem e bradam que são os que mais contribuem. Todos nós sabemos que a banda não toca assim.

Esperamos, agora, as contas da realidade deste pessoal – para mostrar as fortunas imensuráveis que foram amealhadas –, que se destaquem na ribalta.

Não somente com seus esforços, mas com juros irrisórios, benefícios exclusivos e muita paciência e conivência de governos que se foram.

Chegou a hora, dessa gente beneficiada, mostrar ou devolver seu valor.

Quem viver saberá!

JPM – João Pedro Marques é advogado e jornalista, com escritórios em Brasília e Mato Grosso.

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