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Bolsonaro muda discurso sobre Trump e diz que Deus e o único ser importante

ONDA VIROU MAROLA

Depois de surfar na onda do otimismo em relação à reeleição de Donald Trump nos Estados Unidos, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro baixou o tom do discurso. Diante da possível vitória de Joe Biden, Bolsonaro disse hoje que Trump “não é a pessoa mais importante do mundo”. Nesta manhã, o democrata Joe Biden passou o republicano em mais dois estados considerados chave para definir quem será o próximo presidente dos Estados Unidos. “Eu não sou a pessoa mais importante do Brasil, assim como Trump não é a pessoa mais importante do mundo. A pessoa mais importante é Deus, a humildade tem que se fazer presente entre nós”, disse.

DISCURSO POLÊMICO

Próximo do pleito eleitoral, em 15 de novembro, quem voltou a colocar em xeque a segurança das urnas eletrônicas foi o presidente Jair Bolsonaro. Ele anunciou que pretende sugerir a volta do voto impresso. Segundo o presidente, o Executivo apresentará a proposta ao Congresso Nacional no ano que vem. Ele espera que o Brasil tenha um “sistema eleitoral confiável” para 2022. As declarações dele surgem em um momento em que a eleição presidencial dos Estados Unidos é alvo de judicialização porque o atual presidente, Donald Trump, suspeita de fraude na apuração dos votos. Nos EUA, o voto é feito em cédulas de papel. A discussão promete uma boa polêmica.

DISCUSSÃO ETERNA

Bolsonaro alega que em 2018 foi vítima de fraude eleitoral pela urna eletrônica apesar de vencido as eleições. Ele garante que poderia ter ganhado logo no primeiro turno. Na última corrida presidencial do Brasil, Bolsonaro derrotou o rival Fernando Haddad apenas no segundo turno, quando teve 57 milhões de votos contra 47 milhões do petista. Além disso, o chefe do Palácio do Planalto garantiu que iria revelar as suas provas, o que não aconteceu até hoje. É mais ou menos o que está acontecendo com a eleição nos EUA quando Donald Trump denuncia fraude sem mostrar provas.

 DEVER DE CASA

Quem tratou de defender a urna eletrônica foi o próprio Tribunal Superior Eleitoral. Quase na véspera da escolha de prefeitos e vereadores, o TSE teve que sair em defesa do sistema eletrônico de eleição e apuração. Segundo a Justiça Eleitoral, as urnas eletrônicas são seguras e que as medidas adotadas são transparentes, podendo ser acompanhadas pelos partidos e outras instituições. Para o TSE o atual sistema é uma “mudança de paradigma e não há como voltar ao passado com o voto impresso”.

RETROCESSO

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, disse que o problema da urna eletrônica não é falta de confiabilidade. “O problema delas é o custo”, declarou Barroso em resposta ao presidente Jair Bolsonaro. Para reduzir o gasto público com o sistema eleitoral, o TSE trabalha em torno de um projeto para possibilitar “eleições digitais”, de acordo com Barroso. “De preferência, utilizando o dispositivo móvel de cada um. Estamos estudando”. Sobre a proposta defendida por Bolsonaro, Barrosso disse se tratar de um retrocesso.

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VIGILÂNCIA ESTENDIDA

Mesmo com a confiança total no seu sistema, após o ataque de hackers ao computadores de várias instituições aqui em Brasília durante essa semana, o Tribunal Superior Eleitoral reforçou a segurança da sua tecnologia da informação. O TSE anunciou que não houve invasão aos computadores e que as urnas eletrônicas são empregadas como meio técnico de coleta de votos de forma segura desde a disputa municipal de 1996. Para a Justiça Eleitoral é o sistema mais seguro que há. Segundo o TSE, quanto mais testado for o sistema eleitoral, será mais e seguro justamente pela ausência da intervenção humana.

FALTA FOCO

Já o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM), diz que o presidente não deveria se preocupar com urna eleitoral e, sim, com o teto dos gastos. Segundo mais, sem ele as chances de reeleição de Bolsonaro diminuem. Em live promovida pelo Itaú nesta na manhã de hoje, o deputado defendeu o teto de gastos e as pautas econômicas, entre elas, Proposta de Emenda à Constituição 186/2019, mais conhecida como PEC Emergencial, e a reforma tributária. Ou seja, o Brasil já tem problemas demais pra resolver a urna eletrônica é apenas detalhe. Segundo Maia, falta foco.

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