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Divergência sobre Covid pode colocar Planalto e STF em rota de colisão

CALDO GROSSO

Tudo indica que a relação entre o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal está em fogo alto. O presidente Jair Bolsonaro voltou a reclamar da medida do STF que concedeu a estados e municípios a decisão sobre isolamento e lockdown. O presidente caracterizou que a medida deu superpoderes aos governadores e, após mais de 259 mil brasileiros mortos pela doença, ele destacou que “a vida continua”. Bolsonaro temperou o caldo grosso com a seguinte frase: “Se todo mundo for ficar em casa, vai morrer todo mundo de fome”.

PANELA DE PRESSÃO

Por outro lado, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, lamentou no início da sessão desta quinta-feira (4) o número de mortes por covid-19 no Brasil, que bateu um recorde na última quarta-feira (3) com 1.910 óbitos registrados em 24 horas. “É muito triste o que está acontecendo no Brasil e é legítimo o sentimento de abandono que as pessoas têm pelo Brasil afora”, afirmou.

MIMIMI DA COVID

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Apesar de já ganhar força no Senado, a tal CPI da Covid está sendo chamada pelos corredores do Congresso de Mimimi da Covid. Se no começo da semana, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), não via motivos para uma CPI investigar a atuação do Governo Federal na pandemia, agora, já tem dificuldades em conter os ânimos devido aos recentes episódios sobre a crise sanitária e a troca de farpas nas redes sociais entre representantes dos Poderes. O fato que uma CPI irá apurar o que? Isso já está com a PGR. Se a Polícia Federal e o Ministério Público estão atuando, qual a finalidade da CPI? Só mimimi mesmo.

FREIO NO BOLSONARO

Jefferson Rudy/Agência Senado

O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) protocolou representação no Tribunal de Contas da União pedindo que seja determinada a proibição da realização de novos eventos públicos de médio ou grande porte pela Presidência da República e demais órgãos da União durante a pandemia de covid-19. Pelas contas de Contarato, Bolsonaro já realizou ao menos nove atos públicos, de diversas naturezas, em todas as regiões do país. Contarato cita também que os eventos se dão num cenário galopante do número de mortes por covid-19. Nesta quarta, o país atingiu novo recorde de óbitos em 24 horas: 1.910.

EXILIO SOCIAL

Os brasileiros são o povo que mais se sente solitário, de acordo com a pesquisa que ouviu 23 mil pessoas de 28 países. Cerca de 50% das mil pessoas entrevistadas no Brasil disseram sentir solidão “muitas vezes”, “frequentemente” ou “sempre”. O percentual é o maior entre todas as populações ouvidas pela pesquisa, feita pelo instituto Ipsos. Em segundo lugar vieram os turcos, com 46%, seguido pelos indianos (43%) e pelos sauditas (43%). Na outra ponta do ranking, os holandeses são o povo que menos sofre de solidão (15%), seguidos pelos japoneses (16%) e poloneses (23%).

QUADRO NEGRO

Após desabar 4,1% em 2020 e amargar o pior desempenho desde 1996 devido aos reflexos da pandemia do novo coronavírus, a economia brasileira ainda deve caminhar lentamente neste início de 2021. Economistas apontam que o país corre risco de registrar um desempenho negativo entre janeiro e março. Ao avaliar que a vacinação lenta ocasionou em um novo pico da covid-19, também avaliam que a população vai se retrair e, consequentemente, consumir menos. “A gente fica sem perspectiva de recuperação e até com medo de 2021 tenha um PIB negativo de novo”, observa o economista Matheus Jaconeli, da Nova Futura Investimentos.

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