A Câmara dos Deputados contabilizou 21 mortes de secretários parlamentares por Covid-19, do início da pandemia até o dia 1º de março de 2021. Além dos funcionários ativos, outros 19 servidores da Casa vieram a óbito em decorrência da doença.
Os dados são de levantamento obtido pelo Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e do Tribunal de Contas da União (Sindilegis) via Lei de Acesso à Informação (LAI) e reproduzido pelo G1.
De acordo com o levantamento, janeiro de 2021 foi o mês com o maior número de óbitos de secretários parlamentares pela Covid-19. Foram oito. O único mês a não registrar mortes foi agosto. Não foram divulgadas informações sobre outubro.
Entre março de 2020 e 22 de fevereiro deste ano, 482 funcionários foram infectados pelo novo coronavírus. Segundo os dados, o mês com maior número de registros foi agosto do ano passado, com 99 casos.
Trabalho remoto
Após o início da pandemia, em março de 2020, os servidores da Casa foram submetidos ao regime de teletrabalho ou revezamento. A Câmara restringiu a entrada de visitantes e também determinou a suspensão de eventos coletivos no local.
Os parlamentares inauguraram um sistema híbrido de votações, que exigia em plenário apenas a presença dos líderes partidários. Os trabalhos das comissões foram suspensos e os colegiados não funcionaram no ano passado.
Este ano, com a eleição de uma nova Mesa Diretora em fevereiro, houve retomada parcial das atividades presenciais. O protocolo para retomada previa distanciamento de 1,5 metro entre os funcionários, uso de máscaras e revezamento de equipes. Servidores no grupo de risco deveriam continuar em trabalho remoto.
O Sindilegis chegou a entrar na Justiça para impedir a retomada. Em fevereiro, foram registradas aglomerações de visitantes nas entradas das dependências da Câmara.
À época, a Câmara disse que as filas foram causadas por uma “demanda excepcional e não prevista”.
“Não têm, portanto, relação com o retorno gradual do trabalho presencial dos funcionários e servidores da Casa, que possuem identificações funcionais específicas e não precisam passar por controles de acesso”, disse a Casa, em nota.
Com o agravamento da pandemia e as medidas de restrição impostas no Distrito Federal pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), o retorno gradativo dos funcionários da Câmara foi suspenso. A entrada de visitantes também foi vedada.
Ainda assim, a Mesa Diretora determinou que seja “garantida a prestação dos serviços de apoio ao plenário e às comissões permanentes, temporárias e mistas”. As sessões semipresenciais também foram mantidas.
Da redação com o METRÓPOLES