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Manifestantes fazem ato de apoio a Bolsonaro em Brasília e no Rio; presidente critica governadores e prefeitos e faz ameaças

Apoiadores de Jair Bolsonaro fizeram ontem (21) atos de apoio ao presidente em razão de seu aniversário de 66 anos. Os grupos se reuniram em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília, e na porta do condomínio onde Bolsonaro tem casa no Rio de Janeiro. Muitos não usavam máscaras.

Em Brasília, os apoiadores se reuniram em frente ao Museu da República e foram em carreata até o Alvorada.

O presidente foi ao encontro dos apoiadores no espelho d’água do palácio e causou aglomeração. Ele cumprimentou alguns deles e pegou uma criança no colo. Cortou um bolo e o entregou pela grade.

Durante o tempo em que estiveram próximo aos apoiadores, Bolsonaro e a primeira-dama, Michele Bolsonaro, tiraram as máscaras que estavam usando.

Bolsonaro discursou e, sem citar nomes, criticou governadores e prefeitos pela adoção de medidas restritivas para combater a pandemia, a quem chamou de “tiranetes”. Depois de falar para os apoiadores que eles podem contar com o Exército, disse, em tom de ameaça: “Estão esticando a corda. Faço qualquer coisa pelo meu povo. Esse qualquer coisa é o que está na nossa Constituição, nossa democracia e nosso direito de ir e vir”.

O número de mortes e de casos em estados que decretaram medidas de restrição bate recordes negativos consecutivos, no pior momento da pandemia. E os governadores têm seguido a orientação de comitês científicos para diminuir a circulação de pessoas e, com isso, diminuir a transmissão do novo coronavírus.

No Rio, os apoiadores se aglomeraram na entrada do Vivendas da Barra, condomínio na Zona Oeste do Rio onde o presidente tem casa. A maioria não usava máscaras. Uma banda tocava hinos militares.

No mesmo horário, uma carreata partiu da Zona Sul do Rio em direção à Barra da Tijuca, para se juntar ao ato.

Carros de som no protesto do Rio

Em carros de som, os manifestantes gritavam palavras de ordem contra “a ditadura comunista” e contra o ex-presidente Lula (PT).

Os manifestantes também reclamavam do prefeito Eduardo Paes e do decreto que “fechou a orla”. “Nós vamos invadir a praia! Nós somos livres!”, dizia uma delas.

Pouco depois do meio-dia, agentes de trânsito e guardas municipais dispersaram os manifestantes da porta do condomínio com base nas restrições decretadas por Paes.

Assim como ninguém pode pisar na areia ou mergulhar no mar, também está proibido estacionar nas vagas das praias — com a exceção de moradores.

Os apoiadores, então, foram para a Praça do Ó, e a maioria foi embora.

Da redação com o G1

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