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Senado inicia CPI da Covid e Câmara estarta reforma tributária a pedido de Bolsonaro

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REFORMA TRIBUTÁRIA

 

Com o início dos trabalhos da CPI da Covid no Senado, o presidente da República Jair Bolsonaro deu uma tacada de mestre ao se articular com o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL) para que apresse as discussões sobre a Reforma Tributária. Ao mesmo tempo, Bolsonaro comprou uma briga do o ministro da Economia, Paulo Guedes, principal defensor de uma política fiscal mais rígida. O relatório final, que está nas mãos do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), deve ficar pronto até a próxima segunda-feira, 3 de maio, para que as discussões comecem. Pelo que parece, há consenso. “Nós vamos marchar passo a passo, discutindo essa reforma pelo que nos une, pelo que é consensual, de maneira organizada”, afirmou Lira.

EMBATE DIPLOMÁTICO

Alan Santos/PR

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro tenta realinhar o discurso diplomático com o China, o ministro da Economia Paulo Guedes “escorrega” e joga um balde de água fria nessa relação ao afirmar que “chinês inventou o vírus” da Covid. A declaração do ministro pode interferir, por exemplo, na importação do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) da China, necessário para a produção de doses da vacina CoronaVac no Brasil. O Itamaraty chegou a intervir na questão. Afinal, como Guedes costuma ressaltar, a China é o maior parceiro comercial do Brasil. Na pandemia da covid-19, por exemplo, as exportações brasileiras para a China cresceram e ajudaram a amenizar o tombo da economia brasileira, enquanto os negócios com os Estados Unidos caíram.

TWEETS

Os ataques atribuídos a bolsonaristas contra o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), lideram a lista mundial de tweets feitos por robôs na tarde desta terça-feira (27). Os dados são da plataforma Bot Sentinel, que monitora a ação de contas inautênticas no Twitter. As hashtags promovidas pelas contas falsas são #PachecoTchuchucadoSTF e #PachecoTchuchucadoSupremo. Os apoiadores de Jair Bolsonaro criticam o presidente do Senado por não ter acatado a decisão de um juiz de primeira instância que impedia que o senador Renan Calheiros (MDB-AL) assumisse a relatoria da CPI da Covid. A decisão foi posteriormente derrubada por uma decisão do  Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Na manhã desta terça, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) também criticou Pacheco.

TÔ FORA

 

O discurso do vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), de que teria sido “desprezado” numa possível composição para a reeleição em 2022 não sensibilizou o presidente Jair Bolsonaro. Bolsonaro nada disse a respeito nesta segunda-feira. “Até o presente momento, o que eu tenho visto é que ele precisaria de outra pessoa no meu lugar, apesar de ele nunca ter dito isso pessoalmente para mim. Mas a interpretação que eu tenho feito dos sinais que têm sido colocados é de que ele vai escolher outra pessoa para acompanhar ele aí nessa caminhada para reeleição”, afirmou Mourão ao estilo “to fora”.

ALVO FRÁGIL

No dia em que começam os trabalhos da CPI da Covid, o presidente da República decidiu fazer afagos a quem é um alvo certo das investigações: o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. À frente da pasta, o general foi acusado pela oposição de seguir uma política negacionista no combate ao vírus. Jair Bolsonaro precisa garantir a fidelidade do general para controlar os possíveis danos políticos que a CPI possivelmente virá a causar. Uma coisa é certa, Pazuello será um dos principais alvos das oitivas e será, inclusive, colocado frente a frentepara acareação com outras autoridades e ex-membros do governo.

CALOTE DO BRASIL

Desde o governo de Michel Temer (MDB) o governo brasileiro já acumula uma dívida de R$ 10,1 bilhões com organismos internacionais, mas o Orçamento só previu o pagamento de R$ 2,2 bilhões em 2021. Esse valor não cobre nem os compromissos de R$ 4,2 bilhões previstos para este ano. Mesmo assim, a verba deverá sofrer novos cortes, depois que o Ministério da Economia teve de passar a tesoura nas despesas para atender à demanda do Congresso Nacional por mais emendas parlamentares. Além de prejudicar a imagem do Brasil no exterior, o não pagamento dos compromissos pode comprometer o voto do Brasil nessas organizações. Nos últimos anos, por exemplo, o Brasil vem aprovando créditos “no apagar das luzes” para conseguir pagar a sua cota na Organização das Nações Unidas (ONU) justamente para não perder o direito ao voto.

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