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CPI da Covid no Senado: se ficar o bicho pega, se correr o bicho come

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NOVO FOCO

Depois de focar na Cloroquina, nos ex-ministros da Saúde, nos mimimis sobre a China, entre outros, agora a CPI da Covid no Senado anunciou que focará no contrato da Covaxin. O contrato do governo federal com a Bharat Biotech, laboratório indiano responsável por produzir a vacina contra a covid-19 Covaxin, firmado em fevereiro deste ano, estará no centro das discussões desta semana da CPI que investiga as ações durante a pandemia. Os parlamentares querem entender o motivo de o Executivo ter disponibilizado R$ 1,614 bilhão para adquirir 20 milhões de doses do imunizante, que, até hoje, não recebeu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Caso o governo tivesse recusado esse contrato, talvez a CPI quisesse saber por que o recusou. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Vai entender!

NOVO FOCO (2)

Esses detalhes são motivo de reclamação entre os parlamentares porque, ao longo de 2020, o presidente Jair Bolsonaro declarou constantemente que só compraria as vacinas que recebessem aval da Anvisa. O exemplo do imunizante produzido pela Pfizer foi o mais emblemático. Apesar das reiteradas tentativas da farmacêutica norte-americana de estabelecer um contrato com o Brasil, o governo ignorou as ofertas da empresa por pelo menos dois meses e deixou de responder, no mínimo, a 50 e-mails. Quando finalmente escutou a proposta da Pfizer, Bolsonaro reclamou das “condições excessivas” impostas pela empresa e se sustentou na falta de autorização da Anvisa para não concluir o acordo.

RACHA À VISTA

O governador de São Paulo, João Dória (PSDB), que já se apresenta como pré-candidato à Presidência nas eleições do ano que vem, afirmou que, mesmo que pesquisas não apontem um cenário favorável à sua candidatura, ele não irá recuar do pleito, caso seja o candidato do PSDB. “Eu não recuo, eu avanço. Eu já anunciei que não serei candidato à reeleição aqui no Estado de São Paulo. O candidato aqui chama-se Rodrigo Garcia”, afirmou o tucano. A candidatura do governador pelo PSDB ainda depende de uma prévia do partido. O problema é que o ‘alto tucanato’ da sigla não quer Doria como candidato. Nem é preciso dizer que poderá haver revoada depois desse bafafá no ninho.

AZEDOU

Wilson Dias/Agência Brasil

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu cinco dias para o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, prestar informações sobre o sigilo imposto ao processo administrativo aberto pelo Exército contra o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, pela participação de ato em apoio ao presidente da República, Jair Bolsonaro, no Rio. O prazo para resposta não poderá ser prorrogado, destacou a ministra. A ordem foi dada em uma ação para dar publicidade ao processo movida em conjunto por partidos de oposição – PT, PCdoB, PSOL e PDT. Ao STF, os partidos afirmaram ainda que o arquivamento do processo pode traçar um precedente para insubordinação das tropas

PRA ESCANTEIO

Isolado no governo Jair Bolsonaro, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirma que não sabe o que se discute no Planalto. “É muito chato o presidente fazer uma reunião com os ministros e deixar seu vice-presidente de fora”, diz, em tom de desabafo. A fala da Mourão foi em entrevista ao Estadão. “Eventualmente, eu tenho que substituir o presidente e, se não sei o que está acontecendo, como vou substituir? Não há condições.” Medindo as palavras, Mourão ressaltou que o governo não pode se comportar como “anjo” no relacionamento com o Congresso e reconheceu que o presidente chamou o Centrão para “operar” politicamente. Ele disse que o “orçamento secreto”, montado pelo presidente em troca de apoio político, é um dos frutos dessa aliança e precisa ser “reorganizado”.

TÔ NEM AI

No sábado, o presidente Jair Bolsonaro deixou claro que não está nem ai pro seu vice-presidente, general Hamilton Mourão. Durante cerimônia da Marinha, no Rio de Janeiro, junto com o vice Mourão o presidente Bolsonaro não fez discurso nem concedeu entrevista para a imprensa. Durante a cerimônia, apenas entregou o espadim ao melhor aluno da turma e também não deu papo ao general, que foi tratado feito estátua. Ao passar em revista os militares, no início em cerimônia, o presidente passou em frente à área reserva à imprensa e, com os dedos, fez sinal de coração em direção aos jornalistas. Provocador, como sempre!

CORTE RASO

O deputado federal Célio Studart (PV-CE) ingressou com ação popular para barrar eventual realização de motociatas ou eventos políticos desta natureza no Ceará, organizados ou com a participação de Jair Bolsonaro, capazes de provocar aglomeração e desrespeito às normas sanitárias de combate à pandemia da COVID-19. O ato em Fortaleza estaria sendo articulado por apoiadores do presidente da República, que neste mês, em Brasilia, cogitou realizar em breve uma motociata na capital cearense. Na avaliação do parlamentar, recorrer ao Judiciário é medida necessária para garantir a saúde da população local, até porque a taxa de ocupação de UTIs de COVID-19 no estado ultrapassa 80%, e eventual piora do cenário de contaminação traria graves consequências.

TÁ COM MORAL

O O senador Jayme Campos (DEM-MT) teve a garantia do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, de enviar doses extras da vacina contra a Covid-19 a Mato Grosso. “Demandei ao Programa Nacional de Imunização um aporte maior aos estados com grandes fronteiras secas. As justificativas já foram feitas e esperamos que esse pleito seja atendido”, Jayme. Ele também anunciou que o Hospital de Várzea Grande fará parte da Tele-UTI em parceria com o Hospital das Clínicas de São Paulo. Com isso, os pacientes internados terão o acompanhamento de médicos da capital paulista por videoconferência. Parabéns ao senador de Mato Grosso.

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