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Reforma ministerial promove dança de cadeiras e desperta aliados políticos

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DANÇA DAS CADEIRAS

O presidente Jair Bolsonaro vai mesmo mexer em algumas cadeiras do Palácio do Planalto. O presidente vem demonstrando irritação com atitudes de alguns assessores do alto escalão e já disse que as mudanças vão ser importantes para “continuar administrando o país”. O dia “D” será na segunda-feira e ao menos dois ministérios terão os seus titulares trocados. “Temos uma enorme responsabilidade, sabia que o trabalho não ia ser fácil, mas realmente é muito difícil. Não recomendo essa cadeira para os meus amigos”, afirmou Bolsonaro.

DANÇA DAS CADEIRAS (2)

Uma das principais mudanças deve ser na Casa Civil. Atualmente sob o comando de Luiz Eduardo Ramos, a pasta deve passar para o senador Ciro Nogueira (PP-PI). Já o general do Exército deve seguir para a Secretaria-Geral da Presidência. Ciro Nogueira é um dos expoentes da ala do Centrão e atualmente preside o Progressistas (PP). A ida dele para a Casa Civil vai preparar o caminho para a filiação de Jair Bolsonaro, atualmente sem partido, no PP. Além disso, aliados acreditam que Nogueira pode ajudar na interlocução de Bolsonaro com o Centrão em um momento de fragilidade com o Congresso.

DANÇA DAS CADEIRAS (3)

Nessa reforma ministerial, Bolsonaro poderá recriar a pasta do Trabalho, Emprego e Previdência, que poderá ter no comando Onyx Lorenzoni ao deixar a Secretaria-Geral da Presidência. Essa pasta foi extinta logo no início da gestão de Bolsonaro, que transferiu as atribuições do então ministério à Economia. Por conta disso, a pasta comandada por Guedes virou um “superministério”, pois passou a ser responsável por essa e outras três áreas: Fazenda, Planejamento e Indústria, Comércio Exterior e Serviços. O desmembramento do Trabalho, Emprego e Previdência do Ministério da Economia é visto como articulação para agregar mais aliados ao Planalto.

TÔ NEM AI!

Tanto o presidente Jair Bolsonaro, quanto o ex-presidente Lula demonstram não acreditar no surgimento de uma terceira via para disputar as eleições presidenciais de 2022. Ambos acreditam que o pleito será polarizado entre os dois e desdenham de possíveis nomes que surgem na mídia todos os dias. “Não existe terceira via, não vai dar certo, não vai atrair a simpatia da população”, disse Bolsonaro. Já o petista, explicou que “a terceira via é uma invenção dos partidos que não têm candidato. O que tem de um lado é democracia e do outro é fascismo. Quem está sem chance usa de desculpa a tal da terceira via. Seria importante que todos os partidos lançassem candidato e testassem sua força”, desafiou.

REAÇÃO

As opiniões de Lula e de Bolsonaro contra a terceira via fizeram com que os governadores de São Paulo, João Doria, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite — que são pré-candidatos à Presidência da República pelo PSDB —, fossem ao Twitter criticá-los. “Ninguém chuta cachorro morto. Se não existe terceira via, não sei porque Lula e Bolsonaro estão se preocupando. Depois do tanto que já nos foi roubado, querem agora roubar a nossa esperança”, reclamou Leite. “O sonho do Lula é disputar eleição apenas com o Bolsonaro. O sonho do Bolsonaro é disputar eleição apenas com o Lula. E o sonho dos brasileiros é que os dois percam a eleição. Não adianta serem contra, a melhor via devolverá a esperança aos brasileiros”, reforçou Doria.

SOLTOU A BICHARADA

Sobre a questão das vacinas, o presidente Jair Bolsonaro voltou a rebater as críticas e defendeu que teve cautela nas negociações, em especial com a farmacêutica Pfizer. A principal queixa de Bolsonaro era a de que a farmacêutica não se responsabilizaria por eventuais danos colaterais do imunizante, o que, segundo fala feita no final do ano passado, “se você virar um jacaré, é problema seu”. Bolsonaro, no entanto, ponderou que a fala não passou de uma brincadeira. “Quando falei de virar jacaré, chama-se hipérbole, uma figura de linguagem”, declarou. “Podia virar bambi também, hipopótamo, elefante”.

MAIS DINHEIRO

Junto com a reforma ministerial, Bolsonaro pretende desbloquear “todos” os recursos orçamentários de ministérios. O presidente alega que a medida será possível por conta da arrecadação federal, que “subiu assustadoramente”. Ele relatou ainda que a decisão ocorreu após reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes e representantes de outras pastas. Bolsonaro também repetiu a intenção de reajustar o valor do Bolsa Família para R$ 300. Ao todo, o orçamento federal conta com cerca de R$ 5 bilhões bloqueados.

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