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Reação do STF a atos antidemocráticos foi à altura de sua missão, diz Fux

Ao enfrentar comportamentos antidemocráticos, o Supremo Tribunal Federal “reagiu à altura da sua missão constitucional, que é a defesa intransigente da democracia”, afirmou o presidente da Corte, Luiz Fux, que completou seu primeiro ano de gestão no último dia 10.

No episódio do podcast “Supremo na semana”, que vai ao ar neste sábado (25/9), Fux fala sobre os desafios enfrentados no período, como a adaptação dos trabalhos à epidemia da Covid-19 e a necessidade da defesa institucional da Suprema Corte.

O ministro afirmou que o STF tinha o dever de ofício de refutar as ameaças e as agressões que, supostamente, seriam praticadas contra o Tribunal e que atitudes enérgicas foram necessárias para que “se entendessem quais eram os limites de cada poder dentro de sua esfera de competência”.

Ele ressaltou que, quando se fala em judicialização da política, o que está sendo feito é cumprir a Constituição, que impõe ao Judiciário esse poder/dever de avaliar os atos dos demais poderes, por meio das ações apresentadas. “O Supremo Tribunal Federal é colocado em terceiro lugar entre os players da função pública exatamente porque é o único poder que tem a capacidade de avaliar a legalidade, a constitucionalidade dos demais atos’.

O presidente do STF lembrou que no próximo ano haverá eleições, o que exige calma e prudência das instituições. Em relação às manifestações de 7 de Setembro, o ministro destacou que não houve incidentes graves. “As correntes que se opunham se mantiveram nos seus espaços, exatamente para passar a ideia de que a democracia reclama ordem e paz, e é assim que o Brasil deve seguir, acredito eu, nesse ano em que vai se preparar o grande cenário das eleições de 2022”.

O presidente ressaltou que a epidemia suscitou uma série de questões em que foi exigida do Supremo a solução constitucional adequada, abrangendo desde o sistema de competências, ou seja, qual unidade da federação é responsável por determinadas medidas de enfrentamento e prevenção, até a validade das normas destinadas à manutenção das empresas, do emprego, do consumo e do desenvolvimento econômico.

Embora esses casos relacionados à epidemia tenham ocupado grande espaço na pauta do STF — o tribunal que mais julgou casos de Covid no mundo —, Fux aponta como lado positivo a internacionalização da jurisprudência sobre o tema.

“O Brasil tem mudado muitas questões morais, muitas questões que gravitam sobre direitos humanos e sobre razões públicas que ainda não estão sendo debatidas em outros países. Então hoje, ao mesmo tempo em que nós procuramos jurisprudência nos tribunais estrangeiros, nós também estamos fornecendo jurisprudência para os outros países, que têm aceitado muito bem as soluções judiciais brasileiras”.

Da redação com o ConJur

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