Últimas Postagens

Juíza do caso Henry compara CPI da Covid a circo e depois se explica

“Aqui não é CPI. Aqui a gente está para ouvir a testemunha. Isso aqui não vai virar circo!”, interveio a juíza Elizabeth Machado Louro, em audiência sobre a morte do menino Henry Borel, nesta quarta-feira (6/9), na sede do Tribunal de Justiça do Rio.

As testemunhas de acusação começaram a prestar depoimento e a declaração ocorreu em um contexto de discussão entre o promotor Fábio Vieira e o advogado Thiago Minagé.

O defensor afirmou que o delegado do caso, Henrique Damasceno, estava dando opiniões e não falando sobre os fatos do dia do crime, quando a juíza fez a polêmica intervenção.

A declaração não foi bem recebida pelos senadores da CPI da Covid. O presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), anunciou um pedido para que a Advocacia do Senado entre com uma representação no Conselho Nacional de Justiça contra a magistrada.

O vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que a juíza violou “frontalmente” a Lei Orgânica da Magistratura. “Eu acho que a senhora magistrada retornaria mais à sociedade […] se ela desse conta de enfrentar as milícias do Rio, de julgar com a severidade devida os mandantes de assassinato de criança no Rio. Ao contrário, utiliza audiência, no curso de um julgamento, no exercício da magistratura, para exprimir posição política”, disse.

Ainda durante a tarde, a juíza explicou a intervenção. “Eu não posso deixar que a coisa degringole como a coisa degringola lá e com razão, porque lá ficam os representantes do povo. Sou uma entusiasta da CPI. Quando tenho folga, estou sempre assistindo, quero muito que aquilo traga um resultado bom para a população. Os parlamentares estão certíssimos de discutir lá, porque parlamentar fala”, pontuou.

Da redação com o ConJur

Latest Posts

Não perca