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Bolsonaro é vaiado e aplaudido em visita a santuário em Aparecida

Sob vaias e gritos de apoio, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou à cidade de Aparecida, em São Paulo, nesta terça (12), feriado que homenageia a padroeira do Brasil, por volta das 13h30.

Usando máscara, o presidente foi recepcionado por centenas de pessoas que estavam na cidade em razão das cerimônias religiosas ao longo do dia. Muitos gritaram palavras de apoio, como “mito”, enquanto outros expressaram repúdio ao presidente. Bolsonaro também ouviu gritos de “vai tomar vacina”.

No vídeo, feito e transmitido pela própria equipe do presidente, o presidente é chamado de “genocida”, “lixo”, “ladrão” e “assassino”. Há gritos de “Bolsonaro mito” a “Fora, Bolsonaro”.

Bolsonaro cumprimenta o público e, em vários momentos, toca na máscara e a afasta do rosto. O presidente —que intercalou trecho de caminhada e a bordo de um carro até a basílica— também chega a parar para fazer selfies com apoiadores. Ao longo do caminho, ele foi protegido por um cordão de PMs.

Ministro e deputado acompanharam presidente

Um vídeo divulgado pelo canal do YouTube Foco do Brasil (que faz publicações favoráveis ao governo) mostra que, já dentro da basílica, Bolsonaro é aplaudido ao entrar, com a missa já iniciada e em companhia de Marcos Pontes, ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, e do deputado federal Helio Bolsonaro (PSL-RJ).

O vídeo mostra Bolsonaro fazendo uma das leituras bíblicas da celebração e posando para uma foto com um dos sacerdotes.

Ao sair do templo (já sem máscara), o presidente é recebido por uma multidão de apoiadores. Um homem com trajes religiosos chega a lhe chamar de “mito” nas imagens. Ele passeia de carro pelas proximidades do templo e volta a se aproximar de fiéis (agora, de máscara).

Arcebispo critica armas e fake news

Momentos antes da chegada do mandatário à cidade, o Arcebispo Dom Orlando Brandes criticou o presidente em seu sermão no santuário. Sem citar o Bolsonaro, o religioso também criticou a proliferação de fake news.

“Para ser pátria amada, não pode ser pátria armada”, afirmou Brandes, ao também enfatizar que para a pátria ser amada, é preciso ter uma “República sem mentiras e sem fake news”.

Em sua fala, o Arcebispo também chegou a lamentar as 600 mil mortes devido à pandemia de covid-19 e criticou a atuação do presidente Bolsonaro em relação ás vacinas, principalmente ao longo do primeiro ano de pandemia.

“Mãe Aparecida, muito obrigado porque na pandemia a senhora foi consoladora, conselheira, companheira e guia do povo brasileiro que hoje te agradece de coração porque vacina sim, ciência sim e Nossa Senhora Aparecida junto salvando o povo brasileiro”, declarou o arcebispo.

Da redação com o UOL

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